A aluna Luana Siqueira Guimarães, 33 anos, não imaginava que as oficinas de canto e percussão fariam tão bem para a sua vida. A ponto de superar a depressão que ela teve no período de gravidez da filha Analu, hoje com dois meses.
“Foi um período muito difícil, uma gravidez complicada. Não queria falar com ninguém. Sempre ouvi falar que depressão era o mal do século e não dava muita importância. Só quem passa por isso para saber o sofrimento”, lembrou.
No trabalho, a relação com outras pessoas atrapalhava o seu dia a dia.
“O relacionamento, que antes era bom, ficava complicado. Tinha medo de perder o emprego e isso prejudicava a autoestima”, comentou.
O alívio aconteceu logo na primeira semana da oficina de canto e percussão. Além dos ensinamentos e técnicas, Luana ficava mais tranquila com as orientações dos instrutores e coordenadores.
“Eles são ótimos. Além do alto nível profissional, são pessoas do bem, que sabem elevar a autoestima do aluno. Amo o canto e, com as técnicas que aprendi, somadas à pratica da percussão, evoluí espiritualmente e psicologi-camente. Sou outra pessoa”, vibrou.
A prova disso tudo aconteceu, primeiro, dentro de casa. O sentimento de gratidão pelas oficinas contagiou a filha Nicolly, de 8 anos, que também se matriculou na oficina de capoeira. Em seguida, Luana convenceu o sobrinho a estudar cavaquinho.
“Converso com familiares, vizinhos e amigos para aproveitarem a oportunidade de se inscreverem nas oficinas do Programa Cultura de Direitos. O nível dos instrutores é ótimo e o aprendizado se leva para toda a vida, podendo seguir ou agregar como profissão ou uma segunda atividade no dia a dia ou no futuro”, frisou.
A cereja do bolo veio com o nascimento da filha Analu. Luana não abre mão de levar a caçula para as aulas de canto e percussão.
“Ela não dá trabalho e é tratada como ‘mascotinha’ da turma. Futura aluna de canto”, brincou.
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