Quando se mudou de Rio das Ostras para Maricá, há três anos, para fugir do aluguel, Lucy Borges da Silva, 75 anos, tinha mais uma preocupação: proporcionar ao filho Ricardo Reis Borges da Silva, 46 anos, que tem Síndrome de Down, condições de aprendizado, além de atividade física.
“Em outra cidade, ele praticava futsal, atletismo e vôlei. Isso gerava bem estar para o seu dia a dia. Aqui, a inclusão se dá por conta das oficinas de violão, canto, teclado e percussão. Os instrutores e coordenadores fazem ele interagir mais com outros alunos. A relação é a melhor possível”, enfatizou.
Antes mesmo de matricular o filho nas oficinas do Programa Cultura de Direitos, Lucy procurou informações sobre a metodologia de ensino dos cursos.
“Os alunos com certas peculiaridades precisam de estratégias especiais para ter um ambiente de aprendizagem positivo. Independente da idade, a vida deles é influenciada pelos recursos disponíveis e pela atitude das pessoas que vivem com eles, com quem convivem na comunidade e com as que os sustentam ou ensinam. Aqui, nas oficinas do Programa Cultura de Direitos, ele tem acesso a todos esses recursos”, disse, emocionada.
Lucy ressaltou que adultos com Síndrome de Down são adultos, em primeiro lugar, com as mesmas necessidades sociais, emocionais e de realização como outros adultos.
“Eles desejam viver com privacidade, independência e ter um papel útil em suas comunidades. Eles deveriam ter os mesmos direitos que outros adultos. Quem tem Síndrome de Down gosta de ser tratado como qualquer outra pessoa da sociedade. Se eles tiverem oportunidade de ter muitas experiências na vida, estarão melhor capacitados para tomar decisões por eles mesmos”, concluiu.
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