Mais um verão chega trazendo as chuvas. E a população continua padecendo com a negligência do poder público, em sucessivos governos municipais e estadual. A política de saneamento continua fora do debate e discussão e, sem providências e medidas efetivas, o resultado é visto nas repetidas tragédias, que poderiam ser evitadas.
São João de Meriti não tem um plano de prevenção e mitigação das enchentes. Somado a isso, a cidade não realiza obras adequadas de infraestrutura e macrodrenagem e está fora de importantes programas do governo estadual. Podemos citar o Projeto Iguaçu- Programa de intervenção estrutural e recuperação ambiental das bacias dos rios Sarapuí, Botas e Iguaçu, que segue paralisado desde 2013.
Vale lembrar que a Cedae foi vendida por milhões, com o objetivo de melhorar distribuição da água. E que boa parte dessa verba seria para o estado e os municípios investirem justamente em obras de infraestrutura, macrodrenagem, recuperação ambiental e programa de educação ambiental. Fato afirmado pelo próprio governador Cláudio Castro na ocasião. E o que foi feito? O povo segue sofrendo com a falta d’água e com as consequências danosas das enchentes.
São João de Meriti foi beneficiado com esse leilão e já recebeu mais de R$ 240 milhões. Até 2025 terá recebido um total de quase R$ 310 milhões. Mas o que foi feito desse dinheiro? Quais ações efetivas de prevenção às enchentes e de saneamento temos visto?
Os valões em Meriti não possuem manutenção regular de limpeza e desassoreamento. Não são feitas ações de dragagem nos principais rios, e nem tem manutenção nas estações e nas bombas, e nem sequer um trabalho de educação ambiental. Coleta de lixo não é regular em todo município.
Para piorar a situação do povo meritiense, padecemos com a falta d’água e com isso maior dificuldade de higienizar casas após essa tragédia. Enfim, todo o caos, calamidade pública da cidade teria sido minimizado se tivéssemos uma gestão responsável e comprometida.
É urgente ações de prevenção a novas catástrofes. A prefeitura tem a responsabilidade de acionar os governos federal e estadual para maior assistência às famílias e realização de obras estruturais.
Chega de negligência!
Por:
Letícia Florêncio
Diretora da Casa da Cultura
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