O isolamento social levou a direção do Programa Cultura de Direitos a implementar aulas on-line das oficinas. A iniciativa agradou em cheio os alunos, que ficaram preocupados com a possibilidade de ficar sem as atividades por causa do coronavírus. O casal Andrea Cavalheiro, advogada, 49 anos, e Bruno Cesar, padeiro, 31, que fazem parte da oficina de coral, elogiaram a medida.
“Apesar do isolamento social, a interação durante as aulas é a melhor possível. A professora Belle Nunes é muito qualificada e estimula os alunos a se dedicarem cada vez mais. Sentimos falta das aulas presenciais, mas as aulas on-line são ótimas”, comentou Andrea.
“A metodologia de ensino dá a impressão que você não está excluído por conta do isolamento. Os professores dão dicas importantes. A gente treina em casa e as coisas evoluem”, explicou Bruno, que ainda é aluno da oficina de violino. “Maravilhoso. Comprei um violino recentemente para me dedicar ainda mais.”
Andrea Cavalheiro chama a atenção para o momento que o mundo vive:
“A natureza foi a maior beneficiada com esse isolamento social. Menos pessoas e atividades nas ruas, menos poluição. No isolamento, as pessoas conseguem pensar melhor e ter mais consciência do que fazem, do mundo em volta. Têm tempo para isso. A maioria das pessoas tenta construir alguma coisa melhor”, comentou a advogada, que lamentou a morte de uma tia por Covid-19.
“Ela tinha 70 anos. Foi diagnosticada com o coronavírus, ficou 15 dias entubada e não resistiu”, lamentou, com tristeza.
Bruno lembra que as oficinas do Programa Cultura de Direitos transformaram sua vida.
“Morava no Rio de Janeiro e nunca tive contato com a música. Com poucos dias morando em Maricá, descobri as oficinas de cultura. A Andrea se interessou também e nos matriculamos na oficina de coral. Alguns dias depois, assisti uma aula de violino. Foi paixão à primeira vista”, comparou.
Andrea vai além. Segundo ela, as oficinas do Programa Cultura de Direitos ajudam a descobrir novos talentos e geram oportunidades para crianças, adolescentes e adultos.
“São importantes na socialização, curam depressão e até ocupam a vida de idosos e desempregados. E tudo isso é de graça. A população de Maricá agradece a iniciativa”, elogiou.
Bruno e Andrea aprovam método de aulas pela Internet
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