A aposentada Severina Ramos da Silva, 59 anos, sempre teve uma preocupação com o futuro dos netos: Emanuelle, de 13 anos; Yago, sete; David, oito; e Ester, nove. A tensão não era muito com o futuro, mas com o presente. Evitar as más companhias e desempenhar alguma atividade ou curso para ocupar o tempo dos netos.
Quando soube das oficinas do Programa Cultura de Direitos, não perdeu tempo. Matriculou os quatro na oficina de capoeira e aguarda a próxima turma de Mídia Social para fazer a matrícula dos quatro.
“Essa oficina foi uma bênção na nossa cidade. As crianças e os adolescentes fazem atividade física e recebem orientações que vão levar para o resto da vida. É um complemento na educação. Essa oficina foi uma transformação na vida dos meus netos. São outras crianças. Mais atenciosas e carinhosas com a família”, disse, emocionada.
Severina lembra da mudança de comportamento de Emanuelle e Yago. Segundo ela, eles eram introvertidos e pouco falavam.
“Com poucos dias, pareciam outras pessoas. Fui surpreendida pelo interesse deles pela capoeira e pelo modo de se comportarem. Estão muito mais comunicativos e educados. Antes, pareciam bichos-do-mato. Sou muito agradecida aos instrutores e aos coordenadores. A atenção e o carinho com os alunos são muito especiais, ajudam a melhorar a educação e a postura no dia a dia”, enfatizou.
A aposentada lembra que vários adolescentes que ela conhece mudaram muito de comportamento quando entraram para as oficinas do Programa Cultura de Direitos.
“Muitos adolescentes nessa idade, de 12 a 16 anos, são rebeldes, não obedecem aos pais e fazem muita besteira na rua. Conheço vários que mudaram da água para o vinho e pararam de fazer besteira. Depois que entraram para as oficinas, eles começaram a valorizar a oportunidade e focaram no curso, além de aprenderem a se comportar melhor. Antes não davam nem um bom-dia. Hoje, são exemplos de educação”, comemorou.
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