Jennifer Jhully, 13 anos, já tem uma chance de emprego quando terminar a oficina de percussão, no Programa Cultura de Direitos. O pai tem uma banda de axé, que toca em vários municípios do Estado. Para garantir ainda mais a vaga no grupo, ela pretende fazer oficina de Canto ainda este ano.
“Eu comecei no canto, mas tive problema para conciliar com percussão e a escola. Acabei optando por percussão. Assim que terminar, vou fazer canto”, adiantou.
A aluna ressaltou o incentivo do pai desde o início do curso.
“Ele ficou todo orgulhoso de me ver no curso. Fica me dando dicas sobre os instrumentos. Isso me anima cada vez mais a aprender. Acompanho meu pai em quase todos os shows da banda. Só não vou quando é longe e pode prejudicar a escola. Ajudo ele no que posso durante os shows. Meu sonho é tocar na banda”, comentou.
O sonho de tocar na banda do pai é apenas o primeiro de Jennifer. Ela não esconde o projeto de ter a própria banda de axé.
“Acredito que todo músico sonha com sua própria banda. Eu não sou diferente. Mas sei que tenho muito o que aprender. Já dei o primeiro passo com a oficina de percussão e tenho o apoio e a experiência do meu pai. O caminho é longo, mas vou superar todos os obstáculos e conquistar o meu espaço”, garantiu Jennifer.
A aluna chama a atenção pela maneira como interage com as pessoas, sempre muito comunicativa e atenciosa. Bem diferente do comportamento tímido que tinha, antes de entrar para a oficina de capoeira.
“Comecei na capoeira, visando uma atividade física. Era tímida e aprendi durante as aulas sobre a importância de interagir com as pessoas. Isso me fez muito bem. Mudei meu comportamento e hoje sou uma pessoa bem melhor em casa, com os amigos e outras pessoas. Depois, quando entrei para a oficina de percussão, a evolução foi ainda melhor”, comemorou.
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