Amauri Vicente era um dos amigos inseparáveis de Claudinho Guimarães. A amizade começou durante uma roda de samba. Não poderia ser diferente. Ele não esquece da final da escolha do samba da Grande Rio para o Carnaval de 2014. Foi com o enredo ‘Verdes olhos de Maysa sobre o mar, no caminho de Maricá’, que homenageou o bicentenário da cidade.
“No dia da final, enchemos um ônibus para dar moral para o Claudinho. Todo mundo tinha certeza de sua vitória. O samba era lindo. Era o melhor, mas não levou. A Unidos da Tijuca venceu o campeonato. A Grande Rio ficou em sexto lugar. Se o samba do Claudinho tivesse vencido, iríamos faturar o título. Era lindo demais. Contagiava até quem não gostava de Carnaval”, brincou Amauri.
Ao menos o talento foi reconhecido. O samba foi ovacionado pelo público que lotou a quadra da Grande Rio, em Duque de Caxias. Amauri lembrou dos encontros que Claudinho sempre fazia questão de participar. Segundo ele, o amigo era carismático e chamava para si a atenção de todos.
“Não tinha para ninguém. Ele gostava de dar oportunidade aos mais novos. Quando ele observava que determinada pessoa tinha talento para cantar ou tocar algum instrumento, ele a indicava sempre para um trabalho ou curso. Sem falar que puxava logo para uma das oficinas do projeto (Cultura de Direitos), que era a menina dos olhos dele”, comentou.
O amigo exalta a interação que Claudinho tinha com as crianças. “Era muito carismático com as crianças. Sentirei muita saudade de você amigo, volta aí irmão… Vamos tomar uma (cerveja)”, disse, chorando.
Deixe seu comentário